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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Todo poder ao Pinherinho!

Resolvi meter meu bedelho num assunto que não é da alçada deste blog. Não que eu devesse falar somente sobre música – eu até gostaria – mas o nome desta porcaria é BARULHO DO DAESSE, ou seja, sou eu fazendo barulho por alguma coisa.

Muito bem. Sem muitas delongas, assista ao vídeo abaixo, que apesar de ter 15 minutos, vale a pena. É muito explicativo e impactante. Depois, continue lendo.

O Massacre de Pinheirinho: A verdade não mora ao lado from Passa Palavra on Vimeo.


A tragédia do Pinheirinho é um assunto de São Paulo. Aqui no Rio de Janeiro, ainda estamos estupefatos com os 3 prédios que simplesmente caíram na quarta-feira, dia 25. Por enquanto, não sei se vou falar sobre isso. Por hora, prefiro comentar sobre o Pinheirinho.

Sou um feroz defensor da propriedade privada. Não digo isso com a menor culpa, mesmo as pessoas me dizendo que como sou professor de História que tinha que isso e aquilo e tra lá lá... Mas entendam, jamais defenderei a propriedade privada quando ela custar a vida de alguém. O que aconteceu no domingo, dia 22, foi uma das maiores demonstrações de como todo poder público é ignorante, violento e um organismo que sobrevive de consumir aquilo que pensamos ser nosso. Ou seja, aquilo que é definido como coisa pública, muitas vezes é apenas a denominação utilizada. A polícia militar, que em diversos locais do mundo tem o lema “Proteger e Servir”, não é uma polícia que exista para o cidadão. Que o digam os moradores das favelas “pacificadas” do RJ. A PM, protege a propriedade privada, serve aos interesses do Estado, sejam eles quais forem! Que o digam os estudantes da USP.

Como disse um amigo meu, a pessoas se importam com os direitos dos animais, com a Luíza, tem gente que faz piada de tudo. Mas ninguém, exceto dois amigos meus, ocupou as timelines das redes sociais, apoiando a população que teve suas casas destruídas, seus filhos alvejados por balas de borracha ou de chumbo.

Nos tornamos alienados mesmo?! Não no sentido que a maioria da população utiliza o termo. Teve gente achando que o Carlos Nascimento foi um chato ao fazer o comentário que fez na abertura do Jornal do SBT.


Mas, sinceramente, realmente, já fomos mais inteligentes. Já saímos mais às ruas para protestar mais. Os interesses que envolvem as grandes passeatas, são os das minorias que não conseguem ter seus direitos reconhecidos. Como a maconha, os homossexuais, os evangélicos. Não nos mobilizamos mais por uma causa que realmente seja do interesse da maioria, que vá realmente importar para grande parte da população. Não estou dizendo que se deva fazer uma passeata para a população de Pinheirinho. Mas que tal cobrar das autoridades que se cumpram todos os projetos para dar habitação para as classes mais pobres. Já que aqui no Brasil ficou convencionado que é o Governo quem deve suprir as carências de quem não tem o mínimo para viver, que tal colocar menos confeitos no governo Dilma Rouseff? Presidente do povo? Maior índice de aprovação popular? Por que? Pelo que?

E mais, quando deixamos de nos importar com o sofrimento alheio, porque “o Outro” não é como “Eu”, porque “O Outro” é um pária social, jogamos fora um bocado de nossa parcela humana. Deixamos de ser humanos e permitimos que o sofrimento alheio não nos cause “nem medo, nem calor, nem fogo, nem vontade de chorar, nem de rir”. E isso nos aproxima de qualquer outro estado de consciência, menos o da felicidade, a que todos temos direito constitucionalmente.

O texto acabou tornando-se uma admoestação, menos uma crítica ao que o Estado de São Paulo e a Prefeitura causaram a pais e mães de família (sim, favelados, despossuídos e pobres, são chefes de família!). Se quiser saber sobre o que ocorreu, sobre os motivos que levaram a esse estado de coisas, PESQUISE! Talvez as pessoas não saibam, mas a internet é para isso também! Há respostas e perguntas para todo tipo de coisas na internet, basta dar um Google. Mas ainda não existe solução para a estupidez e a ignorância humana.

Inté!


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Minha opinião sobre Pirataria


Não acredito muito que o meu texto vai esclarecer, ou colocar mais um ponto a ser debatido nessa questão. De qualquer forma, quero expressar minha opinião e deixá-la aqui registrada.

Desde a última quarta-feira, quando o governo norte-americano fechou o site Megaupload, em virtude da lei chamada de S.O.P.A. (Stop Online Piracy Act), diversos atos de contra ataque e represália foram feitos e direcionados aos principais sites dos principais interessados na lei: os conglomerados das indústrias que produzem conteúdos que são “pirateados” ou “roubados” pela internet.

Essas tais indústrias são as grandes gravadoras e os estúdios de cinema, que veem, ano após ano, seus conteúdos disseminados e propagados pelo mundo através da internet. Suas alegações são que os prejuízos decorrentes da ação dos “piratas” da internet, prejudicam os orçamentos de filmes e de tantas outras produções. Que os artistas perdem seus direitos autorais.

Não preciso me aprofundar muito. Se você é uma pessoa que se interessa o mínimo possível por coisas que acontecem na internet, já deve saber o suficiente sobre o que está acontecendo.

Pois bem, é justamente nesse ponto que eu posso começar. Minha visão das coisas, como elas acontecem, ou como elas são, é sempre tendencioso em relação aos extremos. Ou seja, ou vejo tudo pelo lado ultra otimista, ou vejo pelo lado radicalmente pessimista. Dessa maneira, minha intenção é sempre propor uma forma de diálogo com aquilo que não costumamos pensar, e isso inclui até as coisas mais óbvias, que nossa mente não nos permite ver.

Mas chega de enrolação. Na minha opinião, em breve, chegará o tempo em que todo e qualquer conteúdo será compartilhado pela rede. Como já está acontecendo. O que ninguém (nesse caso, as indústrias de conteúdo) nunca consegue entender, ou pensar, é numa forma de lucrar com o que se faz. Ou seja, as pessoas compartilham, vendem, ou distribuem um filme, um show ou um álbum de algum artista pela internet, como podemos lucrar com isso?
No entanto, a pergunta que, na minha opinião deveria ser feita é: por que as pessoas se recusam a comprar meu produto e preferem adquiri-lo de graça na internet? A resposta parece óbvia não? Se posso adquirir tal coisa de graça, por que raios eu deveria pagar por ela? (e dentro desse pensamento, muita coisa pode ser dita nos posts seguintes). Mas a coisa não para por aí, pelo contrário, este é só o começo.

Quem já baixou, ou baixa filmes pela internet, sabe o processo que se segue quando um filme é lançado: primeiro, um “alguém-pirata” disponibiliza uma versão do filme gravado com uma câmera dentro do próprio cinema. Ou seja, esse “pirata” PAGOU por um ingresso para poder ter uma versão do filme. Essa gravação do filme vai para a internet como a versão “CAM”. Dessa forma, imagine o filme do Capitão América, ele vai para nos sites de compartilhamento com o seguinte nome, por exemplo, “CAPITÃO. AMÉRICA. 2011. CAM (ou SCR, de SCREEN, tela em inglês). Normalmente, essas versões CAM, são de qualidade duvidosa pois o “pirata” com a câmera precisa fazer contorcionismo e camuflagem para não ser flagrado.

A segunda parte do processo de pirataria de filmes, pode ser aquela em que alguém tem acesso ao DVD do filme “para efeitos de apreciação”. O que isso quer dizer? Um crítico, ou alguém de alguma revista, ou um repórter de cinema, recebe uma cópia, devidamente “marcada” pelo estúdio (em geral, de 15 em 15 minutos, aparece uma mensagem no topo, ou no rodapé do filme dizendo “Para sua apreciação e consideração. Proibida a venda ou distribuição desse material”). Você acaba baixando uma versão autêntica do filme, que pode não ser a versão final, que foi distribuída pelo estúdio e que caiu na rede, por algum “crítico-pirata”.

A etapa final, e essa etapa depende muito do sucesso ou não do filme, é quando ele chega em DVD às lojas. Algum “pirata” compra o DVD, ou Blu-Ray,  original, compacta o filme e distribui todo o conteúdo do disco, ou só o próprio filme. Detalhe importantíssimo: tanto na etapa dois, quanto na terceira etapa, não é apenas uma pessoa que disponibiliza esses materiais, mas VÁRIAS! No citado filme do Capitão América, você pode encontrar as versões de compactação e distribuição de várias pessoas. Pode-se ter vários links de várias versões para o mesmo filme do Capitão América. Logo, pressupõe-se, que VÁRIAS pessoas compraram o mesmo DVD original, para COMPARTILHAR COM OUTRAS PESSOAS, como sempre foi feito durante a história da humanidade. Ou ninguém nunca comprou um disco e disse para um amigo, ou aquela menina – a título de cantada – que tinha comprado o novo disco ou filme do fulano de tal e chama alguém para ir a sua casa para vê-lo ou escutá-lo?

Tenho que me parar por aqui pois o post já está grande. Amanhã continuo com essa história.

Inté!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Mais uma redação


Enquanto o mundo se digladia se foi estupro ou não, se o Thiago Neves e o Ronaldinho Gaúcho fica ou vai, o que aconteceu com aquele navio e a Veja diz que o ensino de Filosofia e Sociologia é uma coisa inútil para o país, eu tive tempo para, na enésima redação com o tema "Quem sou eu?", escrever essas mal fadadas linhas que se seguem.

Parece uma coisa incrível, contando, muitos iriam dizer que estou de brincadeira. Mas, ao longo desses 33 anos de vida, e tantos outros processos seletivos, este tema “Quem sou eu?”, é o mais repetido de todos.

A pergunta “Quem sou eu?”, não é daquelas que se faça ao acaso, até porque, ela é um solilóquio. Não se faz essa pergunta enquanto se está vendo uma partida de futebol, ou jogando cartas.

É preciso, sobretudo, solidão, para que consigamos sobriedade suficiente para começar a responder à questão.

Quem sou eu?

Eu tento me encontrar todos os dias. Tento enxergar onde, em quem, com quem eu vou deixando pedaços de mim. Procuro encontrar onde que consegui deixar no mundo, nas pessoas, uma parte de mim. Uma marca pessoal.

Quem sou eu?

Me esforço todos os dias para responder para mim mesmo, quem é esse estranho que acordou dentro de mim. Substituindo o “Outro Bruno” do dia anterior; um Bruno mais fraco, menos sábio do que este que acabou de acordar e procura encontrar uma marca pessoal ou um rastro daquele que fui, mas que ainda insiste em se perguntar: “Quem sou eu?”.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012