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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Os Minions

Todo mundo, ou, pelo menos, boa parte dele, já deve conhecer quem são eles, os Minions. Se você não conhece, aqui vai uma palhinha:




Essas criaturinhas amarelas surgiram no filme “Meu Malvado Favorito” em 2010. Já tiveram seu próprio filme, apareceram no Malvado 2, e novamente em 2017 eles invadiram os cinemas na terceira parte da história de Gru, um vilão que tem um coração de manteiga.

Se você é jogador do game “League of Legends”, o popular LoL, você também deve conhecer os minions do jogo.


Pois bem, não quero que você comece a gostar dos bichinhos amarelos, nem passe a ser um viciado em LoL. Mas esses dois personagens foram as metáforas, ou analogias que encontrei (na verdade, a internet toda usa esse termo), para tentar entender os “BolsoMinions”. Sim, meus amigos leitores! Eles estão por toda parte! Onde exista um espaço para comentários, seja no Facebook, Twitter, no UOL, site da Folha de São Paulo, onde você mencionar o nome de Jair Bolsonaro, eles estarão lá para defender seu “mito”.

Entendam, eu sei que “macaca de auditório”, ou seja, maluco pra bater palma pra político de estimação, sempre houve. Lembro muito bem dos meus primos e de boa parte da minha família, quando todos viviam com os olhinhos brilhando com o surgimento do PT e da figura do Lula. Todo mundo tinha um broche com a estrelinha do PT.

Como eu não voto em ninguém, nem apareço na urna de votação, nem na zona eleitoral, posso dizer que não tenho telhado de vidro. Logo, nesse momento quero ser pedra.

Como dizia, as pessoas sempre terão seus políticos de estimação, apesar de isso ser lastimável, entendo que todo mundo “precisa” de um “grande líder”. O que me preocupa é que as pessoas passaram a perder amizades por causa de seus políticos de estimação. Neste fim de semana, publiquei este vídeo na minha página pessoal do Facebook:


O resultado foi um monte de gente com ojeriza pelo vídeo, óbvio; e um indivíduo que arrumou um bocado de treta comigo e todos os meus amigos que resolviam comentar na postagem. Ele xingou alguns, ofendeu outros. Enquanto ele se dirigiu somente a mim, o respondi da maneira correta que se deve responder um eleitor do Bolsonaro: educadamente e com argumentos. Caso contrário, e é essa característica que quero apontar nesse texto, eles partem para o insulto, checam o perfil, julgam as fotos das pessoas e procuram o que julgam ser falhas de caráter na pessoa que pretendem ofender. Como se falar mal do Bolsonaro fosse falar mal da própria mãe dessas pessoas.

Na minha opinião, Bolsonaro representa um pacote imenso de coisas retrógradas e cheias de ódio. Aquele tipo de coisas que você guarda bem escondido na sua casa para as pessoas não saberem que você as tem. Mas, o problema das redes sociais e da inclusão digital, é que agora, como diria Umberto Eco, “Redes sociais deram voz a legião de imbecis”. Não que as pessoas não possam se expressar. Mas a rede está infestada dos comentários mais maldosos, preconceituosos, racistas e por aí vai.

Nesse contexto, o “BolsoMinion” faz, justamente, o papel tanto que os Minions amarelinhos do cinema fazem, quantos os Minions do League of Legends: eles tomam porrada! Eles se sacrificam pelos seus “chefes”, pelos seus “campeões”. Os minions são hordas contantes que mais atrapalham que ajudam, mas cumprem bem o seu papel, impedir que todos os golpes cheguem certeiros ao seu líder.

De qualquer forma, reitero: existem os “BolsoMinions”, mas também existem os “LulaMinions”, os “Dilminions”, os “CiroMinions”, e por aí vai. E o que me preocupa é justamente essa legião de pessoas dispostas a brigar, discutir, acabar com amizades e insultar desconhecidos por causa de políticos profissionais. Num mundo ideal, onde cobrássemos dos políticos suas promessas de campanha, ter um político de estimação até faria algum sentido. E se cobrássemos dos políticos como cobramos a entrega da pizza? No Brasil, onde esses desgraçados nem se dignificam a responder um e-mail? Não… desculpem-me, eu não trato nenhum deles bem.

E há quem diga que não devemos nos preocupar tanto com Jair Bolsonaro. Que ele não passa de um fenômeno das redes sociais. Também disseram que Dolnald Trump era uma piada e que ele jamais seria presidente dos Estados Unidos da América…

Inté!