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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Sobre mulheres e bonecas infláveis

Até onde consigo raciocinar, poucas vezes, nos últimos 5 anos (digo 5 anos, porque muita coisa muda em 5 meses e considero 5 anos tempo suficiente para uma coisa se mostrar duradoura), eu vi um filme que me fez pensar tanto, ou me deixou tão feliz de ver lirismo e beleza num único filme.

Pode parecer muito, mas Boneca Inflável (Air Doll ou Kuki Ningyô) de Hirokazu Koreedame fez pensar em como tratamos as mulheres de um modo geral. De como enxergamos a existência feminina em nossas vidas. 

E posso chegar à conclusão que é de uma forma tão superficial, que, muitas vezes, as tratamos como se fossem simples bonecas infláveis, sempre prontas a satisfazer nossos desejos. Sexuais ou não.

O mote do filme se dá justamente aí. Um homem de meia idade, após anos de solidão, adquire uma boneca inflável e passa a tratá-la como uma pessoa de carne e osso, como uma esposa mesmo. 

Até o dia em que (numa das cenas mais lindas do filme), a boneca ganha vida e passa a descobrir o mundo. De forma literal. Aprende a falar e a se comunicar, tentando viver num mundo de humanos, ou de seres, que seguem sua vida de maneira retilínea, sem muita importância com aqueles que estão à sua volta.

Não preciso dizer muita coisa. Se você estiver em casa e tiver o canal Max, não se assuste quando ver o título do filme na sua tela, não é mais um filme pornô da madrugada, é uma obra filosófica das mais bonitas.

Segue o Trailer:





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