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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

SOBRE RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE


Há muito tempo não abordo esse tipo de tema por aqui. Nem sei se seria apropriado ficar falando isso aqui, porque não sei até onde vai a crença das pessoas que acessam esta página. Mas, como eu não me furto a debates, nem a discussões, quem sabe alguém me mostre algo novo que ainda não vi.

Pois bem, longe de querer realizar um debate teológico sobre qualquer coisa. Longe de querer afrontar de alguma forma a crença de alguém, tenho que dizer que algumas pessoas andam se equivocando nas generalizações que andam fazendo sobre o que é religião; sobre as pessoas que seguem uma crença religiosa; e sobre os textos contidos na Bíblia.

De acordo com o Dicionário, Religião é “culto prestado à divindade, doutrina, ou crença religiosa; acatamento às coisas sagradas; fé; devoção; piedade; crença viva; tudo que é considerado como um dever sagrado; respeito; escrúpulo.”. Portanto, além de o conceito ser amplo para podermos definir e descrever um a um, é preciso entender que muitas dessas definições teóricas são muito subjetivas para cada pessoa. Logo, a generalização que se faz do que é uma religião, para exatamente onde começa a definição do outro sobre o que é religião.

A maioria das pessoas sensatas encerraria uma discussão por aí. Até utilizando o argumento do senso comum, que diz que “futebol, religião e política não se discute”. Discordo disso totalmente. Acredito que possamos sempre expor nossas opiniões sobre qualquer assunto, desde que não se violente a opinião de outra pessoa. Ninguém está acostumado a ceder quando o argumento do outro é, no mínimo, interessante, ou melhor que o seu próprio.

Outra coisa é a distinção/discriminação que as pessoas fazem de pessoas que seguem algum tipo de religião. O que eu vejo e ouço sempre, são as pessoas dizendo que qualquer “evangélico” (detalhe importante: uso o termo evangélico entre aspas porque sua acepção também é enorme; e aqui quero somente me referir à forma como as pessoas enxergam aqueles que são protestantes), é um bitolado, um alienado, um fanático. Ora bolas, se as pessoas conhecessem o mínimo o meio religioso, poderiam ver que uma grande parte de “evangélicos” são mesmo fanáticos-bitolados-alienados; mas uma outra grande parcela é composta de filósofos, teólogos (no sentido literal da palavra), psicólogos (que estudaram anos para curar outros de males psíquicos, e não para “entender” o ser humano), historiadores, músicos de grande talento, etc.

Assistam a esse vídeo:



Ele é feito pelo Pastor Rob Bell. (Clique sobre o nome dele para saber mais). Sem precisar explicar muito mais, nós mesmos, protestantes, cristãos, ou seja lá como nos denominam, também não gostamos muito daqueles que ainda pregam um evangelho duro, de um Deus vingativo e violento. Sem contar, que nos dias de hoje, forçar qualquer pessoa a abrir mão de suas crenças, de seus hábitos, de seus costumes, de uma hora para outra, com a ameaça cruel de uma morte infinita e dolorida, não é a melhor estratégia para se levar ninguém a nada, nem a nenhum lugar, muito menos ao “Reino dos Céus”.

Antes que eu me alongue, eu vou parar por aqui. Pelo que eu já senti e pelo que já escrevi, acho que terei que fazer mais alguns outros posts sobre isso. That´s all folks!

Inté!

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