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terça-feira, 23 de julho de 2013

POR UMA NOVA EDUCAÇÃO


 Ao iniciar esse texto, muitas coisas me ocorrem sobre o que falar. Sinceramente influenciado pelo vídeo abaixo. Ele tem a sua singularidade, pois fala daquilo que a maioria de nós pode pensar sobre o papel da escola e dos professores ao longo da vida.

O problema está justamente aí: só pensamos no papel da escola e dos professores quando possuímos alguma consciência da história de nossas vidas. Ou seja, quando já somos capazes de olhar para o passado e analisar nossas experiências.

Como professor e educador, atualmente, me pergunto muito sobre a validade seja do que ensino, seja do papel que exerço sobre meus alunos. Muitas das vezes, me conforta ver as mensagens que eles me deixam através do Facebook, ou do quase falecido Orkut. Mas mesmo assim, continuo me perguntando o quanto sou relevante, pois acredito que um profissional não pode se contentar com alguns louros que recebe. As vitórias, todo mundo vê, as vitórias são propagandeadas aos quatro ventos. Mas, e as derrotas? Onde eu falhei? Qual aluno não pude, ou não consegui ajudar?

Além dessa questão pessoal, fica o pensamento direto que diz respeito ao que nossas escolas fazem com nossos estudantes: prepará-los para o mercado de trabalho. Criando os futuros trabalhadores braçais. Sabemos muito bem que a vida não pode nem deve ser só de labor. Precisamos nos divertir, amenizar as dores da luta pelo pão de cada dia. Então vamos a um show, a uma peça de teatro, assistimos a um filme. E por trás de cada um desses espetáculos, estão outros trabalhadores, que adoramos assistir e aplaudir, mas que muitos não teriam coragem para incentivar o próprio filho ou filha em tal carreira artística.

Criamos cada vez mais trabalhadores para serem “alguém”. Aprendemos desde pequeno que sem estar na escola, sem passar pela escola, não conseguiremos um trabalho. Em grande parte, isso pode ser verdade. Mas passar pela escola só para abastecer os cargos de trabalho que, no fim das contas, enriquecerá um outro, não me parece uma ideia muito justa.

Sempre precisaremos de advogados, médicos, metalúrgicos, professores, etc. Mas sempre precisaremos de bailarinos, de atores, de músicos e cantores.

Devemos sempre nos perguntar o que e para que estamos adquirindo este ou aquele conhecimento. Para que esse monte de conhecimento, que nos empurram desde cedo, serve? E isso deve vir de berço. Os pais devem ensinar seus filhos e filhas a questionar o que aprendem e compreender quando estes não possuem essa ou aquela “aptidão”. (Sem entender que essa falta de aptidão pode ser algum tipo de “anomalia” ou “doença”). Vivemos num tempo que cultiva DEMAIS o “ser normal”, sem “defeitos”. Criando neuroses que lotam consultórios médicos e psicológicos, gerando adultos sempre insatisfeitos com as próprias realizações e cheios de mal estar físicos.

Vamos reavaliar a forma como aprendemos e como ensinamos?

Vejam o vídeo abaixo e deixem seus comentários.


Inté!

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