Hoje resolvi iniciar uma série sobre uma coisa que eu possa
escrever frequentemente: Bandas que nunca se tornaram tão importantes para o
restante do mundo como são para você.
A internet trouxe uma coisa maravilhosa para aficionados em
música: a possibilidade quase infinita de descobrir artistas que não chegariam
até seus ouvidos, se não fosse a comunicação com o restante do mundo. Óbvio que
isso também traz problemas: nem todo mundo fuça a internet como você em busca
daquele tipo de som que só os seus ouvidos se agradam em ouvir. Daí, que muitas
vezes, o tal artista que você achou num clipe meio obscuro perdido no YouTube, uma
banda que ouviu sem querer no Sound Cloud, e por aí vai, não chega a um grande
número de ouvidos como o seu.
Sendo assim, você acaba encontrando bandas que adora e
quando vai pesquisar mais sobre a banda... ela acabou! Sim! Você deu o seu
jeito de comprar/baixar as músicas da banda e quando já está com o repertório
na ponta da língua, vai procurar para ver onde a banda vai tocar e descobre que
eles “encerraram suas atividades”.
O Ecos Falsos, que inaugura essa seção, esteve em atividade de
2002 a 2011. A Primeira vez que os vi, foi no programa do Jô Soares:
A entrevista pouco falou sobre a banda (como em qualquer
entrevista que acontece no programa do Jô Soares: fala-se sobre tudo, menos
sobre o que interessa). Eles explicaram o significado do nome da banda e depois
o sobre o trabalho de conclusão do vocalista Gustavo Martins, que versava sobre
as rimas mais manjadas da música brasileira. Fui em busca dos caras nas
internet. E descobri o single “A Última Palavra em Fashion”. E confesso, foi
embasbacador ver como existia uma banda similar ao Pavement no quesito Ironia.
A letras eram diretas e tinham certas doses de lirismo ácido como a máxima: “Eu só
sou sentimental quando eu me fodo!”.
Desde então, a música “A última Palavra em Fashion” nunca
saiu das minhas playlists, pois na minha opinião, fala muito sobre esse
mundinho Zé Ninguém que as maioria das pessoas vive e pensam que estão no
reino encantado da fama e da Ilha de Caras.
Os caras foram a diversos programas “alternativos”, tocaram
na extinta MTV, chegaram até a concorrer ao VMB de 2011. Mas “sucesso”, nada!
Hoje, percorrendo as profundezas, reencontrei um clipe da
banda, se apresentando no “Banda Antes” da MTV. E fui rememorar os discos e ver
se havia coisa nova para escutar ou para ver. Quando entro no site www.ecosfalsos.com.br , estava lá a
famigerada nota de despedida para os fãs, dizendo sobre alguns dos motivos que
determinaram o fim da banda. E mais uma vez, fiquei órfão de uma boa banda que
eu gostava.
A vantagem de nosso tempo é exatamente o revés que a
internet proporciona: assim como você só tem o seu quinhão de fama dentro dela,
tudo o que você fez está nela e não tem como você ser esquecido, a menos que
você não a alimente mais.
Assim, findo-me e deixo-vos com A Última Palavra em Fashion:
Nenhum comentário:
Postar um comentário